terça-feira, 30 de agosto de 2011

ENSINAR DE PERTO



Em um mundo marcado pela competitividade e pelo desenvolvimento acelerado, a única forma de acompanhá-lo é através do estudo. Estudo pesado, intenso e constante e acompanhado de perto torna o espaço no mundo, para o estudante, garantido. Educar à distância foge dos preceitos ditos antes, uma vez que a base do ensino a distância é composta por TVs, computadores e DVDs em vez do habitual e eficiente uso do caderno, livros, acompanhados de um professor ao lado.

O uso da tecnologia como peça de auxílio à educação é bastante vantajoso ao usuário. Porém, deve ser adotado apenas como fonte de auxílio, e não como instrumento que garanta o seu diploma e consequentemente a entrada no mercado de trabalho. Os cursos virtuais são atrativos e cheios de novidades, contudo não prendem totalmente a atenção do educando, ou, se prendem, não permite ao aluno ter um conhecimento que ultrapasse as fronteiras do vídeo-aula.

Na análise da relação professor-aluno, o ensino a distância se torna mais burocrático. Os alunos passam a interagir menos com o professor devido à tela de TV ou do computador que os separam. Acreditar que um ensino superficial e sutil é capaz de conduzir um estudante a um mercado de trabalho concorrente e cada vez mais específico e especializado, é um pensamento errôneo que permeia as mentes dos adeptos ao ensino a distância.

A assinatura do governador de São Paula para criar a Univesp (Universidade virtual do estado de São Paulo), um sistema de ensino superior a distância, condiz tanto com a democracia na qual as pessoas tenham liberdade de escolher a sua forma de educação como condiz com o retrocesso educacional nacional. A forma com que os universitários tem de se preparar para o trabalho deve ser em uma universidade concreta na qual os alunos entrem na sala, tenham um aprendizado ao vivo e um maior comprometimento com o conteúdo.

Contrariaria o meu discurso se os recursos virtuais fossem mais comprometidos com a educação, do que a própria universidade. Porém, a cultura tradicional mostra que o método que mais impulsiona os estudantes ao trabalho é a universidade. Além do estudo, é preciso estar em um ambiente propício para o contato com novas informações, e uma universidade garante isso, mas a tela de um computador ou de uma televisão não.

João Pedro Machado de Azevedo
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala )

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