segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Brasil possui uma língua oficial, o Português, que conseguiu se ramificar de tal forma a originar muitas variantes. A língua muda de face a partir da mudança do contexto histórico e principalmente devido à diferença entre classes sociais e regiões geográficas. A norma culta é, no entanto, a forma padrão da língua e a variante que deve ser usada e apresentada nas escolas aos jovens estudantes.

É fato que a norma culta da língua é a variante mais valorizada socialmente. É ela a exigida em concursos públicos, vestibulares, entrevistas de emprego, palestras sociais, julgamentos em tribunais, entre outros exemplos. Nestas situações, é muitas vezes inaceitável o uso da língua coloquial ou falada. Portanto, se a escola é responsável por formar cidadãos conscientes e competentes, preparando-os para o vestibular e para a vida, de uma maneira geral, é necessária a divulgação e apresentação da língua culta aos alunos. Caso contrário, o estudante provavelmente não saberia usar a linguagem correta e exigida em seu vestibular ou concurso, acabando por destruir o próprio futuro e a oportunidade de ir para a faculdade. Além disso, possivelmente o jovem sofreria preconceito por parte da sociedade, já que esta valoriza a língua culta.

Mesmo que apresente a língua culta aos alunos, preparando-os para o próprio futuro, a instituição escolar não deve, no decorrer do processo, ridicularizar ou desvalorizar a linguagem coloquial. É ela que usamos comumente em situações do dia-a-dia, tornando muito mais fácil e prática a comunicação entre as pessoas. Seu uso deve, no entanto, se restringir a tais situações e os educadores que compõem a escola devem ter isso em mente, sem, entretanto, cometerem o risco de passar aos alunos a ideia equivocada de que a norma culta é a única variante que deve ser usada socialmente.

O Brasil é uma nação bastante heterogênea. Possui descendentes indígenas, africanos, portugueses, além de muitos italianos, espanhóis e latinos. E isso, somado às grandes disparidades econômicas que apresenta, garantiu uma diversidade muito grande de variantes linguísticas, que são constantemente oprimidas pela língua culta. A instituição escolar deve ter uma importante função neste contexto, apresentando a norma culta aos alunos, mas não humilhando as outras variantes linguísticas. Dessa maneira, a escola serve como uma espécie de “meio termo” e ligação entre as ramificações do Português brasileiro, para que se mantenham unidas através do padrão da norma culta.

Joyce Dantas

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

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