sábado, 16 de abril de 2011

ESPERANÇA NAS EXCEÇÕES

A situação na qual o mundo encontra-se hoje em relação aos valores cultivados é preocupante. A bondade, as boas ações e a confiança mútua foram perdendo lugar gradativamente para a desonestidade, o individualismo, a ganância e a desconfiança. Em outras palavras, o mundo vive uma crise de valores.

Para comprovarmos isso, basta citarmos que, há algumas décadas, o dinheiro do ofertório nas igrejas católicas era deixado espalhado pelos bancos das igrejas, para que logo após a missa alguns jovens dispostos a ajudar a paróquia recolhessem esse dinheiro sem a supervisão de nenhuma autoridade. Nem por isso o dinheiro ofertado deixava de chegar à paróquia. Enquanto hoje, com o passar dos anos e o crescimento da desonestidade, não podemos dar ou receber um simples troco de algum pagamento, sem que seja lançado um ar de desconfiança até que tudo seja bem conferido.

São fatos que se tornaram “comuns” no nosso dia-a-dia, mas que preocupa aqueles que eram acostumados a confiar cegamente no próximo. Mas, calma, nem tudo está perdido. Graças a algumas raras exceções, podemos acreditar que ainda existem pessoas que se preocupam com o próximo, que se colocam no lugar do outro e agem da forma que todos deveríamos agir. Como é o caso das raras vezes em que temos notícia de pessoas muito pobres, como catadores de lixo, que tomam a nobre decisão de devolver ao verdadeiro dono, grandes quantias em dinheiro que acabaram indo parar no lixo por engano.

Claro, o que não podemos é depositar toda a nossa confiança em desconhecidos e esperar que eles estejam sempre dispostos a agir da forma que esperamos. Mas sim, podemos, ou melhor, temos que acreditar que ainda existem pessoas no mundo dispostas a pensar no próximo e a agir sem esperar nada em troca. Certamente, há indivíduos que praticam o bem apenas por ter a consciência de que virão outros depois deles que precisam ser inspirados a passar isso adiante, para que dessa forma, esses raros e bons exemplos não entrem em processo de extinção, até desaparecerem de uma vez por todas do mundo.

Luiz Augusto
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 8)

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