A Câmara Municipal de São Paulo aprova lei que cria Dia do Orgulho Hétero, de autoria do vereador Carlos Apolinário. É descabida a aprovação de um movimento heterossexual, uma vez que ninguém que se atrai pelo sexo oposto sofre opressão. É mesmo necessário uma manifestação que lute por todos os direitos e privilégios de um grupo se estes já são garantidos?
Movimentos contra a homofobia, preconceito e racismo são, de fato, manifestações que defendem direitos iguais e atendem à minoria da sociedade. Por esta razão, isso seria mais um motivo contra o dia do Orgulho Hétero, uma vez que os heterossexuais constituem a maior parte da população. A lei criadora desse movimento foi aprovada pressupondo que o heterossexual fosse discriminado; acredito que ninguém tenha visto um hétero sofrer bullying ou ser morto pelo simples fato de ser hétero.
É indubitável que essa manifestação está ocorrendo não só por reivindicações de direitos. Nota-se, - até pelo nome Dia do Orgulho Hétero-, que quem tem orgulho de ser hétero tem orgulho de não ser homossexual. O intuito do movimento pode até não ter sido homofóbico, mas, em fotos divulgadas na internet, havia pessoas nas ruas com cartazes que vetavam a homossexualidade. Com isso, conclui-se que o Dia do Orgulho Hétero luta bravamente pelos direitos e privilégios da maioria da população e, de quebra, com uma ideologia homofóbica. O mais assustador é que há milhares de participantes e que o projeto foi aprovado.
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