domingo, 18 de setembro de 2011

COPA DE 2014 EM NATAL: MAIS UMA DOR DE CABEÇA

Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Natal. Essas são as doze capitais escolhidas para sediar a copa do mundo de 2014 no Brasil. Embora já faça dois anos, desde que o Brasil foi eleito país-sede para a competição, algumas cidades ainda não entraram no clima. Natal, por exemplo, agora que assinou o contrato para a construção do Estádio Arena das Dunas.

É certo que a localização geográfica é bastante favorável, já que Natal é a cidade-sede mais próxima da Europa, e a experiência de ser um grande pólo turístico ajuda para uma melhor avaliação no âmbito nacional. No entanto, ser de um destaque no setor do turismo não significa dizer que ela vai estar pronta para a copa 2014. Será necessário ir mais além, já que para ser uma cidade-sede precisa, também, de uma melhor infra-estrutura. O aeroporto da cidade, o Augusto Severo, até recebe vôos internacionais, porém o seu problema é que sua capacidade é incompatível com a demanda que está por vir.

Há quem acredite que a vinda da copa do Mundo para Natal impulsionará a melhoria tanto no sistema hospitalar, com a criação de novos hospitais, quanto na segurança da região metropolitana. Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que é necessário um evento de grande porte, como a copa do Mundo, para que os direitos, previstos na constituição brasileira, sejam postos em prática. Embora a copa de 2014 possa trazer benefícios, é dever do Estado garantir e promover os direitos dos cidadãos sempre, e não apenas quando lhe é conveniente.

Diante do que já foi exposto, constatamos que, para Natal, os benefícios que possam surgir não superam os malefícios. Isso porque os pontos positivos trazidos pelo investimento já deveriam ter sido feitos, como a melhoria no setor da saúde, da segurança e do transporte. Portanto, não devemos nos iludir com o que estão planejando fazer. Em vez disso, devemos observar e fiscalizar como o governo está de fato fazendo esse projeto.

Karinne Lucena de Sena

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 8)

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