segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ÁLCOOL, SÓ ACOMPANHADO DE RESPONSABILIDADE

Posso afirmar com veemência que há 15 anos o número de adolescentes entre 13 e 18 anos que ingeriam bebida alcoólica é consideravelmente menor que o número atual. Sair para beber com os amigos virou um programa normal para os adolescentes dessa faixa etária. Os pais veem isso com normalidade, quando na verdade é reflexo da imaturidade e tentativa de afirmação desses jovens.

O jovem é inserido nessa cultura do consumo de bebidas alcoólicas, muitas vezes quando nem sabe o que é isso. Seja influenciado pelo pai ou por qualquer outro familiar, aprende desde cedo que, de certa forma, beber lhe atribui status. Essa imagem errônea e "ilusória" que o jovem tem da bebida impede que ele veja que o consumo dela tem que vir acompanhado de maturidade e responsabilidade.

Todos aqueles que têm aceso ao álcool, independente da idade, sabe que o seu consumo imprudente pode desencadear uma série de consequências negativas; são milhares o número de acidentes automobilísticos envolvendo jovens (e vítimas inocentes, possivelmente), são inúmeros os casos de jovens alcoólatras, além daqueles que vão parar no hospital com quadros clínicos instáveis... Tudo isso ocasionado por o que inicialmente era considerado fonte de diversão. Além de tudo isso, o álcool pode ser o passaporte para um mundo "corrompido" que leva a pessoa para um "mundo" de outras substâncias e hábitos.

A responsabilidade necessária para o consumo de bebidas alcoólicas deve ser despertada no jovem dentro de casa, em sua família. As entidades responsáveis devem fazer sua parte, restringindo e controlando mais a venda desses produtos e procurando proporcionar aos jovens mais conhecimento sobre um assunto tão atual e polêmico. Se não, esse jovem vai crescer e se tornar um adulto inconsequente e mesmo com mais de 18 anos - idade mínima para que se possa comprar legalmente bebidas alcoólicas no Brasil - vai continuar sujeito às consequências negativas da droga que, mesmo lícita, mata mais do que qualquer outra.

Ana Beatriz Medeiros de Amorim
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

ORGULHO HÉTERO: VERGONHA NACIONAL

A Câmara Municipal de São Paulo aprova lei que cria Dia do Orgulho Hétero, de autoria do vereador Carlos Apolinário. É descabida a aprovação de um movimento heterossexual, uma vez que ninguém que se atrai pelo sexo oposto sofre opressão. É mesmo necessário uma manifestação que lute por todos os direitos e privilégios de um grupo se estes já são garantidos?

Movimentos contra a homofobia, preconceito e racismo são, de fato, manifestações que defendem direitos iguais e atendem à minoria da sociedade. Por esta razão, isso seria mais um motivo contra o dia do Orgulho Hétero, uma vez que os heterossexuais constituem a maior parte da população. A lei criadora desse movimento foi aprovada pressupondo que o heterossexual fosse discriminado; acredito que ninguém tenha visto um hétero sofrer bullying ou ser morto pelo simples fato de ser hétero.

É indubitável que essa manifestação está ocorrendo não só por reivindicações de direitos. Nota-se, - até pelo nome Dia do Orgulho Hétero-, que quem tem orgulho de ser hétero tem orgulho de não ser homossexual. O intuito do movimento pode até não ter sido homofóbico, mas, em fotos divulgadas na internet, havia pessoas nas ruas com cartazes que vetavam a homossexualidade. Com isso, conclui-se que o Dia do Orgulho Hétero luta bravamente pelos direitos e privilégios da maioria da população e, de quebra, com uma ideologia homofóbica. O mais assustador é que há milhares de participantes e que o projeto foi aprovado.

Assim, não há uma justificativa plausível para a aprovação dessa lei. Deveríamos nos conscientizar de que, se somos héteros, não precisamos de livros na seção de autoajuda e muito menos de manifestações, pois não nos discriminam por isso. Devemos utilizar os meios de comunicação ao nosso favor e ajudar os verdadeiros injustiçados e discriminados e, ao mesmo tempo, vetar o Dia do Orgulho Hétero com argumentos contra a homofobia.

Rafael Lisbôa
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

domingo, 25 de setembro de 2011

SER A FAVOR DO ABORTO É SER CONTRA A VIDA

Muito se discute atualmente se o aborto deve ou não ser legalizado no Brasil. Em um mundo moderno e globalizado, a existência dessa prática reflete a falta de informação e a inconsequência que age sobre alguns. Antes de argumentarmos sobre a falta de condições de uma mãe criar o bebê ou quanto aos motivos que a fizeram "matar" aquela criança, devemos pensar no bebê, que não merece pagar pelo erro de seus progenitores.

Ser a favor do aborto é ser contra a vida, pois biologicamente, o feto é um ser vivo e humano e possui, ao menos no Brasil, direito à vida. Mãe e pai não são proprietários e estar grávida sem desejar a criança em um mundo globalizado e com tantos métodos de prevenção é uma irresponsabilidade desmedida, certamente provoca transtornos na vida da mulher. Os métodos abortivos são extremamente agressivos, mas além das marcas físicas, o aborto marca seu psicológico para sempre. A mãe tem livre arbítrio sobre seu corpo, mas não de seu filho, logo não pode abortá-lo, cometer um assassinato, para resolver seus problemas.

A legalização do aborto ocasionaria uma situação descontrolada, não solucionaria os aparentes problemas dessas famílias, pois as mães, as mulheres que abortam podem ter sequelas para o resto da sua vida, sendo um exemplo dessas a infertilidade. A situação descontrolada já citada seria resultado da maior frequência do sexo sem camisinha,m aumentando o indice de pessoas afetadas por doenças sexualmente transmissíveis. Não proponho apenas que o aborto deva ser legalizado, mas defendo também que se devam tomar medidas realmente eficientes para que clinicas clandestinas e modos inseguros de aborto sejam extintos, como campanhas de conscientização e fiscalizações bem planejadas.

A prática livre do aborto numa sociedade tão despreparada e inconsciente é inconsiderável. As crianças indesejadas deveriam ser adotadas por quem as quer de verdade, por quem tanto lutou por isso. Esses também seriam ofendidos e injustiçados pela legalização do aborto, pois querem filhos apesar do corpo inapto à procriação. Surpreende que haja tantos programas e campanhas a favor do aborto e tão poucas relacionadas a uma maior rapidez no processo de adoção. A criança merece uma vida digna e, principalmente, seu direito à vida preservado por seus progenitores, até que possa fazer suas escolhas e lidar com as consequências dos seus atos.

Ana Beatriz de Medeiros Amorim
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

domingo, 18 de setembro de 2011

CONHEÇA O GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO

CONHEÇA O GÊNERO RESENHA CRÍTICA

CONHEÇA O GÊNERO EDITORIAL

UM EXEMPLO DE CARTA ABERTA

PROPOSTAS DE REDAÇÃO

Caros alunos, estou postando propostas de redação que eu elaborei no ano de 2010 para as turmas de 1º e 2º ano do CALL. No geral, as propostas contemplam sobretudo o gênero CARTA ARGUMENTATIVA. Embora uma ou outra proposta possa ter perdido a atualidade, certamente a maioria ainda continua pertinente.

EIS O LINK:

Carta aberta

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Editorial

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REDAÇÃO DESTAQUE DO 2º PRÉ-SIMULADO 2011


Natal, 23 de agosto de 2011.

Prezada secretária da Mobilidade Urbana de Natal, Sra. Ana Elisabeth,

Faço parte de um grupo de assistentes sociais da cidade de Natal. Apesar de auto-denominados “assistentes sociais”, porque discutimos soluções para o bem geral da sociedade, nós, que compomos o grupo, somos economistas, investidores, profissionais da área biomédica e moradores de todas as grandes sub-regiões da cidade. Nas últimas semanas, temos dedicado nossas reuniões a discussões sobre possíveis conseqüências decorrentes do excesso de veículos e péssima acessibilidade na capital. Venho, então, a partir deste documento, representar os cidadãos natalenses e reivindicar ações concretas quanto à melhoria do transito na cidade de Natal.

Ao voltar do trabalho para casa, mais especificamente do bairro de Tirol para a zona sul da cidade, em Nova Parnamirim, realizo, em 1 hora e 10 minutos, um percurso que é facilmente realizado em 20 minutos quando não estamos em “horário de pico”. Já que toda cidade em crescimento, como a nossa capital, tem tendência a atrair a população rural para empregá-la em seus centros, deveria ter sido feita uma preparação estrutural da cidade para toda essa demanda populacional. Os bairros localizados na zona sul e na zona norte abrigam a maior parte da população empregada da capital. Devido a isso, considero uma enorme injustiça impedir que esses trabalhadores tenham acesso rápido à suas residências, onde eles têm a possibilidade única de descanso.

Outro ponto importante a ser lembrado é o grande evento de 2014. A senhora deve saber que, como cidade-sede da Copa do Mundo, Natal receberá um grande número de turistas e, consequentemente, haverá um considerável aumento no fluxo de veículos. Será uma grande oportunidade para atrair empresários. Todavia, se esses investidores conhecerem a nossa cidade, saberão que existe a grande possibilidade deles próprios permanecerem parados no trânsito, arrodeados por engarrafamentos nas principais avenidas da urbe – as mesmas que haviam sido construídas para facilitar a transição dentro da capital.

Certamente, seria prudente que a senhora, juntamente com os seus colaboradores, discutisse um novo planejamento, a fim de prevenir perda de investidores e, até mesmo, o processo inverso à urbanização. A melhoria da qualidade do transporte público – para a diminuição do fluxo de veículos nas ruas -, o reparo das principais rodovias e avenidas, a melhoria na condição das passarelas e faixas de travessias de pedestres e, principalmente, um replanejamento da acessibilidade nas vias internas de Natal devem ser realizados para que haja um bem-estar social e uma maior comodidade para os habitantes da capital norte-riograndense. Conto com a sua colaboração para a solução do problema.

Grato,

Cidadão Natalense.

Amanda Morais

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

BOA ALIMENTAÇÃO: COSTUME QUE VEM DO BERÇO

Há algum tempo, tem-se falado a respeito da influência das propagandas na alimentação das crianças. Os pais culpam a publicidade pelos maus hábitos alimentares dos seus filhos. Entretanto, esse é um tema que merece ser revisto e analisado de forma minuciosa, tendo em vista que as propagandas publicitárias têm a função de atrair o consumidor e não de obrigá-lo a comprar.

Apesar de a pesquisa realizada pela Datafolha levantar que “quase 80% dos pais acreditam que a publicidade de fast food e outros alimentos não saudáveis prejudicam os hábitos alimentares dos seus filhos”, é importante ressaltar o fato de o comportamento alimentar de uma criança, saudável ou não, depender, essencialmente, do esforço familiar, ou seja, da educação dada pelos pais. Isso quer dizer que o empenho da maioria dos meios midiáticos é secundário, quando comparado à presença da família. Além de que os infantes só consumem algo com o consentimento dos pais, isto é, o fato de ver a publicidade de um alimento pouco saudável não significa, obrigatoriamente, consumi-lo.

Dessa forma, vale salientar, ainda, que a imposição feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinava que propagandas de alimentos não saudáveis fossem acompanhadas de alertas para possíveis riscos à saúde, no caso de consumo excessivo, foi realmente desnecessária. Até porque não surtiria o efeito esperado (evitar o consumo exagerado), visto que o público-alvo desses produtos, como “fast food”, já possui um prévio conhecimento das consequências acarretadas pelo seu consumo.

Portanto, não se deve culpar a publicidade pelos maus hábitos alimentares da sociedade. As propagandas têm o principal objetivo de conquistar o consumidor e não de instruí-lo a como se alimentar, já que essa é a função dos pais. Cabe somente a eles formar consumidores regrados e conscientes.

Marjorie Saunders

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

COPA DE 2014 EM NATAL: MAIS UMA DOR DE CABEÇA

Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Natal. Essas são as doze capitais escolhidas para sediar a copa do mundo de 2014 no Brasil. Embora já faça dois anos, desde que o Brasil foi eleito país-sede para a competição, algumas cidades ainda não entraram no clima. Natal, por exemplo, agora que assinou o contrato para a construção do Estádio Arena das Dunas.

É certo que a localização geográfica é bastante favorável, já que Natal é a cidade-sede mais próxima da Europa, e a experiência de ser um grande pólo turístico ajuda para uma melhor avaliação no âmbito nacional. No entanto, ser de um destaque no setor do turismo não significa dizer que ela vai estar pronta para a copa 2014. Será necessário ir mais além, já que para ser uma cidade-sede precisa, também, de uma melhor infra-estrutura. O aeroporto da cidade, o Augusto Severo, até recebe vôos internacionais, porém o seu problema é que sua capacidade é incompatível com a demanda que está por vir.

Há quem acredite que a vinda da copa do Mundo para Natal impulsionará a melhoria tanto no sistema hospitalar, com a criação de novos hospitais, quanto na segurança da região metropolitana. Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que é necessário um evento de grande porte, como a copa do Mundo, para que os direitos, previstos na constituição brasileira, sejam postos em prática. Embora a copa de 2014 possa trazer benefícios, é dever do Estado garantir e promover os direitos dos cidadãos sempre, e não apenas quando lhe é conveniente.

Diante do que já foi exposto, constatamos que, para Natal, os benefícios que possam surgir não superam os malefícios. Isso porque os pontos positivos trazidos pelo investimento já deveriam ter sido feitos, como a melhoria no setor da saúde, da segurança e do transporte. Portanto, não devemos nos iludir com o que estão planejando fazer. Em vez disso, devemos observar e fiscalizar como o governo está de fato fazendo esse projeto.

Karinne Lucena de Sena

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 8)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mudar o Brasil: comece por você

Acelerar para assustar pedestres, fechar o outro veículo. Jogar lixo nas praias, dar festanças ignorando a lei do silêncio. Esses são alguns exemplos que traduzem a agressividade no trânsito e a falta de educação da elite brasileira. Sabemos que tais imprudentes ações estão sim presentes no comportamento de várias pessoas. Por isso, a palavra chave é: mudança.

É certo que a “ira de trânsito” é comum. Geralmente explicada pela pressa e pelo estresse que a vida moderna acarreta. As pessoas acabam descontando o nervosismo e os seus problemas nos outros. Xingam os motoristas, entram na vaga alheia e bloqueiam cruzamentos, por exemplo. Devemos, pois, pôr em prática valores como educação, respeito e tolerância. É muito importante saber manter a emoção sob controle, não mostrar descontentamento com os outros motoristas e ter, principalmente, muito equilíbrio e paciência ao dirigir um veículo. Autocontrole, civilidade e consciência são atos cada vez mais necessários à sobrevivência de condutores e pedestres no trânsito.

Além deste problema, existe a contínua ignorância proveniente da elite brasileira. Por crença na impunidade ou por indisciplina, ela simplesmente existe. Violam a legislação ambiental, inferiorizam os que não possuem o mesmo “poder”, como carros importados ou casas de luxo, e chegam até a agredir, seja verbal ou fisicamente, por acreditarem que dinheiro lhes dá o direito. Esses precisam, além de reeducação para respeitar o próximo, o ambiente e a vida, de punições. Elas já são previstas nas leis e é necessário que funcionem de fato, enquanto o diálogo e uma melhor convivência social e familiar não forem suficientes.

Dessa forma, como meio de ajudar a solucionar os problemas citados, temos que começar mudando as nossas próprias atitudes. Pôr a consciência, a disciplina e o respeito acima de qualquer desentendimento no trânsito ou diferença de posição social. Afinal, sozinhos podemos mudar as nossas próprias ações que, sem dúvida, contribuem para mudar o Brasil inteiro.

Marjorie Saunders
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)