terça-feira, 12 de outubro de 2010

Londrina, 25 de agosto de 2010.

Prezado Sr. Antônio Silva,

Escrevo-lhe porque estou preocupada com a situação da nossa cidade. O crime está cada vez mais presente no cotidiano de Londrina e a violência parece não ter solução. Estamos à mercê dos criminosos, pedindo a Deus que eles só levem nossa carteira e nosso carro, deixando-nos com vida. Não podemos continuar vivendo dessa forma.

É impressionante como assaltos, roubos e furtos não nos assustam mais, exceto os casos de extrema barbaridade, como a morte trágica de Tim Lopes. Essa “criminalidade selvagem” foi associada às áreas mais carentes, porém isso é um equívoco. Como prova disso, podemos citar a situação do nosso país: o governo investe há anos nas áreas mais pobres e, ao mesmo tempo, a violência vem aumentando.

O crime organizado e a brutalidade são fenômenos internacionais. Como por exemplo, podemos citar as organizações criminosas chinesas e a máfia italiana, assim como os traficantes cariocas.
Apesar de aparentemente impossível, não podemos deixar de buscar a solução. Alguns locais podem ser considerados modelos nessa busca pela solução. Esses lugares adotaram medidas que proporcionaram uma melhora significativa. O principal exemplo é Nova York, que , em 1993, criou o Projeto Tolerância Zero. Este combatia os homicídios causados pelo tráfico de drogas. A polícia descobriu uma ligação entre estes e o furto de carros. Combatendo o último problema citado, que é muito menor, a polícia nova yorkina conseguiu diminuir a taxa de homicídios.

Essa é uma das muitas medidas que podem ser tomadas na busca por uma sociedade mais segura. É necessário que a população esteja ciente dessa possibilidade de melhora e lute por uma Londrina melhor. Espero que o senhor, como editor do Jornal da Cidade, publique algo sobre esse tema e ajude-me na luta contra a criminalidade na nossa cidade.

De uma leitora e admiradora do Jornal da Cidade,
Raquel Medeiros.

Raquel Medeiros
(CALL, 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

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