quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DOLOROSA, MAS QUASE SEMPRE NECESSÁRIA

Órgãos, políticos e entidades do nosso país estão discutindo sobre a aprovação de uma nova lei. Basicamente, ela proíbe o uso da agressão física como um meio de os pais educarem seus filhos.

Diante de tal situação, a população brasileira dividiu-se. De um lado estão aqueles que são a favor da lei e do outro, os que são contra. Os que defendem o projeto afirmam que a criança não tem como defender-se e acreditam na educação com base, somente, no diálogo. Não discordo, vendo de forma generalizada. Entretanto, quando analiso as situações familiares de forma individual, percebo que cada caso é um caso e, nem sempre, o diálogo resolve o problema.

É exatamente esse o primeiro motivo que me faz ser contra. Nem toda criança aprende somente com o diálogo e repreensão verbal dos pais. Estas, que não podemos considerar como minoria, necessitam de uma punição, por assim dizer, mais dura, que geralmente é a famosa “palmada’’. O segundo motivo pelo qual sou contra é a intervenção na forma educacional de cada família. Muitos filhos não respeitarão os pais e às normas, afinal, a conseqüência será apenas uma “conversinha’’ ou, no máximo, uma bronca indolor.

É preciso analisarmos de forma cuidadosa essas consequências. Penso que é dever da escola, além dos pais, formar cidadãos, já que as crianças passam mais tempo nela do que em casa.Contudo, se o Estado não investe em suas escolas, deixando a responsabilidade de formação moral inteiramente para os pais, não deveria intervir na forma destes realizarem essa árdua tarefa.

Raquel Cristina Farias de Medeiros
(CALL, 1º e 2º séries, sala 9, quinta-feira)

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