domingo, 18 de setembro de 2011

BOA ALIMENTAÇÃO: COSTUME QUE VEM DO BERÇO

Há algum tempo, tem-se falado a respeito da influência das propagandas na alimentação das crianças. Os pais culpam a publicidade pelos maus hábitos alimentares dos seus filhos. Entretanto, esse é um tema que merece ser revisto e analisado de forma minuciosa, tendo em vista que as propagandas publicitárias têm a função de atrair o consumidor e não de obrigá-lo a comprar.

Apesar de a pesquisa realizada pela Datafolha levantar que “quase 80% dos pais acreditam que a publicidade de fast food e outros alimentos não saudáveis prejudicam os hábitos alimentares dos seus filhos”, é importante ressaltar o fato de o comportamento alimentar de uma criança, saudável ou não, depender, essencialmente, do esforço familiar, ou seja, da educação dada pelos pais. Isso quer dizer que o empenho da maioria dos meios midiáticos é secundário, quando comparado à presença da família. Além de que os infantes só consumem algo com o consentimento dos pais, isto é, o fato de ver a publicidade de um alimento pouco saudável não significa, obrigatoriamente, consumi-lo.

Dessa forma, vale salientar, ainda, que a imposição feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinava que propagandas de alimentos não saudáveis fossem acompanhadas de alertas para possíveis riscos à saúde, no caso de consumo excessivo, foi realmente desnecessária. Até porque não surtiria o efeito esperado (evitar o consumo exagerado), visto que o público-alvo desses produtos, como “fast food”, já possui um prévio conhecimento das consequências acarretadas pelo seu consumo.

Portanto, não se deve culpar a publicidade pelos maus hábitos alimentares da sociedade. As propagandas têm o principal objetivo de conquistar o consumidor e não de instruí-lo a como se alimentar, já que essa é a função dos pais. Cabe somente a eles formar consumidores regrados e conscientes.

Marjorie Saunders

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

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