sábado, 16 de abril de 2011

O TRABALHO NA CONSTRUÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA

No Brasil, a escravidão foi abolida oficialmente em 1888, mas tristemente o trabalho escravo é ainda a realidade de muitas pessoas. Trabalho escravo é, por definição, o trabalho degradante aliado ao cerceamento de liberdade e, ainda hoje, há muitas pessoas nessa situação. A escravidão moderna não é tão vista por nós, não está tão escancarada como estava no século XVII, por exemplo.

O fato de a exploração humana estar tão “escondida” na atualidade é o que a torna tão difícil de ser combatida, além das grandes extensões territoriais que envolvem esse tipo sujo de trabalho que dificultam em demasia as fiscalizações. Os responsáveis pela exploração humana usam como arma a miséria e o medo dos explorados. Nesse tipo de trabalho, os escravos estão submetidos a condições desumanas de trabalho; Pode-se dizer que são tratados como animais, no sentido mais restrito dessa palavra.

As vítimas da escravidão não conhecem outra realidade, nasceram inseridos num grupo já escravizado. Elas não conhecem os seus direitos, e acredito que se conhecessem, o tamanho dos latifúndios impediria uma fuga. Os latifundiários são da alta sociedade, apresentam alto poder aquisitivo e, em um país como o Brasil, para pessoas como eles, a lei de certa forma não se aplica, os direitos humanos não existem.

Na teoria, todos os homens, independentemente de cor ou condição financeira, têm direito a uma vida digna, e não seria o trabalho a principal ferramenta para a dignidade? O trabalho diferencia os homens e sua qualidade de vida e seres humanos conscientes buscam essa melhora, portanto é a consciência que diferencia um médico ou operário de fábrica de um escravo, o escravo não conhece a vida que poderia ter e não vê nenhuma possibilidade de crescer; diferente de qualquer empregado, esse não possui carreira.

Quando pensamos em trabalho, nos vem à mente salário, horas extras, férias... Isso não se aplica aos escravos, por isso, apesar das adversidades que dificultam a descoberta dos locais de exploração, nossos governos precisam tomar providências para abolir realmente a escravatura. Só assim, os direitos humanos se aplicarão a uma maior parcela da sociedade e homens, mulheres e também crianças poderão ter outro futuro e uma vida mais digna.

Ana Beatriz Medeiros de Amorim

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

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