domingo, 24 de outubro de 2010

COTAS: INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

O sistema de cotas é uma medida governamental que estabelece uma reserva de vagas a determinadas classes sociais e raças como a negra, para universidades públicas. Ele visa acelerar um processo de inclusão social.

Entretanto, isso é ineficaz, pois esse sistema contribui para o aumento da discriminação racial e desigualdade social. Esse método não irá melhorar as condições de ensino público e não eliminará o racismo, pois ele já é um tipo de discriminação. Além disso, ele discrimina os brancos mais pobres. Querer superar uma injustiça criando outra não é o melhor caminho.

A questão da cota esconde o problema maior, a mediocrização do sistema de ensino público. Muitos dos beneficiados, sem ter uma preparação anterior, não conseguem um bom desempenho nas universidades.

Assim, o melhor caminho para combater a exclusão social é a construção de serviços públicos universais de qualidade em setores de educação, saúde e previdência. Ou seja, é necessário um investimento maior do governo nas escolas públicas, pois só assim formaremos bons profissionais para futuramente termos um país melhor.

Mariane Araújo de Oliveira

(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

MUITA CALMA NESSA HORA...

Medo e dúvida são dois sentimentos que invadem quem está prestes a entrar na universidade. Não é à toa que isso acontece. Afinal, o momento de escolha profissional é de muita pressão. Além de suas expectativas, há também a dos seus pais. Mas lembre-se de que a escolha é sua e de mais ninguém.

O pré-vestibular é um período em que o aluno mais se cobra e sente-se na obrigação de ser aprovado. Aqueles que estudam regularmente e apresentam bom rendimento escolar não precisam se cobrar tanto. O ideal é criar um plano equilibrado de estudos, organizando o tempo de forma que possa estudar, mas sem esquecer do lazer, pois o equilíbrio físico e mental também é muito importante.

De fato, vestibular é algo que preocupa bastante e ficar com o pensamento nele 24 horas ao dia só piora a situação. Quando sentir-se muito cansado, reserve um tempinho para você. Se tem dúvidas em relação ao curso que irá escolher, procure ajuda profissional, tenha contato real com as profissões com que você mais se indentifica. Manter-se atualizado, lendo jornais e revistas, é fundamental.

Reunindo os fatos anteriormente citados, pode-se concluir que a tensão pré-vestibular é praticamente impossível de não existir em qualquer aluno, mas o que deve permanecer firme e forte é a calma e o pensamento positivo. No final, você terá o resultado do seu esforço. Se não conseguir passar no primeiro, não esquente, afinal, tudo acontece no tempo em que deve acontecer.

Marília Paiva de Oliveira

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Londrina, 25 de agosto de 2010.

Prezado Sr. Antônio Silva,

Escrevo-lhe porque estou preocupada com a situação da nossa cidade. O crime está cada vez mais presente no cotidiano de Londrina e a violência parece não ter solução. Estamos à mercê dos criminosos, pedindo a Deus que eles só levem nossa carteira e nosso carro, deixando-nos com vida. Não podemos continuar vivendo dessa forma.

É impressionante como assaltos, roubos e furtos não nos assustam mais, exceto os casos de extrema barbaridade, como a morte trágica de Tim Lopes. Essa “criminalidade selvagem” foi associada às áreas mais carentes, porém isso é um equívoco. Como prova disso, podemos citar a situação do nosso país: o governo investe há anos nas áreas mais pobres e, ao mesmo tempo, a violência vem aumentando.

O crime organizado e a brutalidade são fenômenos internacionais. Como por exemplo, podemos citar as organizações criminosas chinesas e a máfia italiana, assim como os traficantes cariocas.
Apesar de aparentemente impossível, não podemos deixar de buscar a solução. Alguns locais podem ser considerados modelos nessa busca pela solução. Esses lugares adotaram medidas que proporcionaram uma melhora significativa. O principal exemplo é Nova York, que , em 1993, criou o Projeto Tolerância Zero. Este combatia os homicídios causados pelo tráfico de drogas. A polícia descobriu uma ligação entre estes e o furto de carros. Combatendo o último problema citado, que é muito menor, a polícia nova yorkina conseguiu diminuir a taxa de homicídios.

Essa é uma das muitas medidas que podem ser tomadas na busca por uma sociedade mais segura. É necessário que a população esteja ciente dessa possibilidade de melhora e lute por uma Londrina melhor. Espero que o senhor, como editor do Jornal da Cidade, publique algo sobre esse tema e ajude-me na luta contra a criminalidade na nossa cidade.

De uma leitora e admiradora do Jornal da Cidade,
Raquel Medeiros.

Raquel Medeiros
(CALL, 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

Natal, 22 de Setembro de 2010

Prezado diretor de recursos humanos,

Sou jovem e estou à procura de emprego. Pretendia atuar em sua empresa, por ser de grande expressividade e ter funcionários de alta competência, além de oferecer ótimos empregos em nossa sociedade. Escrevo porque pretendo convencê-lo de que o mal ocorrido na entrevista não deveria ser motivo para reprovar-me no processo seletivo.

Trabalhei em várias empresas com alto potencial no mercado, Sou competente em tudo o que faço. Como foi visto, tenho um ótimo currículo, e estou terminando minha especialização no curso de administração. Essas qualificações fizeram-me um dos melhores profissionais atuantes em minha área, solicitado em vários ramos de emprego.

Em relação ao mal ocorrido no Orkut, só tenho que pedir desculpas. Gostaria de lembrar que o Orkut é um site de relacionamento, e não mostra realmente quem somos. Utilizo a rede virtual apenas para divertimento, e de maneira alguma misturo vida pessoa com profissional. Em Relação ás comunidades, de muitas participo apenas por divertimento ou indicação dos meus amigos. Sei que errei e estou aqui tentando corrigir o meu erro.

Caso me aceite, informo que irei excluir o Orkut, para evitar maiores constrangimentos dentro da empresa. Porém, faço questão que veja meu currículo em outras empresas, como também converse com outros profissionais. Verá que nunca faltei com o respeito com nenhum funcionário e me dou bem com todos.

Quanto ao que aconteceu, acho que o senhor deveria me dá uma chance. Dou-lhe a seguinte sugestão: faça uma experiência durante alguns dias comigo, assim você me conheceria um pouco melhor e veria o quanto sou capaz de exercer a minha profissão.Sem mais, coloco minha experiência á disposição de sua empresa e peço que reveja o acontecido.

Atenciosamente,
João Felipe.

Maria Clara Bezerra Vieira
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

PREVENIR PARA NÃO REMEDIAR


É certo que o mundo mudou. O mundo de hoje já não se parece tanto com o de décadas atrás: podemos fazer tudo mais rápido, as informações vêm a nós na hora que desejarmos; as coisas já se movem com um apertar de botões. Mas tanta rapidez não gerou mais tempo livre, rapidez gerou mais rapidez e hoje nem sequer temos tempo de nos preocupar com o que ingerimos.

Para as vítimas da tecnologia, comer virou algo banal, virou piada. Cozinhar? Essa palavra nem está mais no vocabulário das novas gerações. A moda agora é fast food, é comer o que está ali na esquina para dar tempo de voltar logo ao trabalho. Moda essa que favoreceu também a quem antes não tinha desculpa para escapar daquele feijão com quiabo do dia-a-dia. Feijão não é “fast”. Fast, então, é ver as taxas se alterarem, é destruir o corpo por dentro sem mal notar. A sociedade atual é acometida por diversas doenças causadas pelos maus hábitos alimentares, como é o caso da diabetes e da hipertensão. Doenças que antes eram comuns apenas entre os idosos, agora já são comuns entre gente mais jovem. Chegam silenciosas, ficam, sem piedade.

Existem dois tipos de diabetes, a genética e a adquirida, sendo essa segunda causada pela ingestão exagerada de açúcares, glicoses, à longo prazo, o que é fácil de acontecer pela quantidade de refrigerantes e sobremesas acessíveis á população. Quando não controlada, a diabetes causa diversas complicações, desde a cegueira, amputação de membros, falência renal e até infarto. Mas não são apenas os mais gordinhos que estão na lista de risco; basta ter exagerado na dose ao longo dos anos que as taxas podem ir às alturas. Hoje, em média, 11% dos brasileiros estão diagnosticados com diabetes, 1% a mais que há apenas três anos.

Contudo quem é fã do sal extra na batata frita também deve tomar cuidado: em média 24% da população sofre de hipertensão, 3% a mais que em 2006; sendo o alerta maior para as mulheres: elas são maioria na pesquisa. Essa doença é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, o que acarreta em fatores como infartos, derrames e problemas nos rins.

Vale salientar que as duas são doenças das quais se exige do paciente um tratamento diário e cuidadoso quando adquiridas. Apesar de assintomáticas, não se deve interromper o tratamento quando o quadro médico se mostra aparentemente normal, pois é sobre o efeito dos medicamentos que tal fenômeno acontece. Além disso, nos dias de hoje, com o avanço da medicina, já é possível ao portador uma boa qualidade de vida. É importante que se previna para que não se precise remediar, controlar o que se consome agora para se poder consumir, nas doses corretas, por muito mais tempo.

Julianne da Nóbrega
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

DOLOROSA, MAS QUASE SEMPRE NECESSÁRIA

Órgãos, políticos e entidades do nosso país estão discutindo sobre a aprovação de uma nova lei. Basicamente, ela proíbe o uso da agressão física como um meio de os pais educarem seus filhos.

Diante de tal situação, a população brasileira dividiu-se. De um lado estão aqueles que são a favor da lei e do outro, os que são contra. Os que defendem o projeto afirmam que a criança não tem como defender-se e acreditam na educação com base, somente, no diálogo. Não discordo, vendo de forma generalizada. Entretanto, quando analiso as situações familiares de forma individual, percebo que cada caso é um caso e, nem sempre, o diálogo resolve o problema.

É exatamente esse o primeiro motivo que me faz ser contra. Nem toda criança aprende somente com o diálogo e repreensão verbal dos pais. Estas, que não podemos considerar como minoria, necessitam de uma punição, por assim dizer, mais dura, que geralmente é a famosa “palmada’’. O segundo motivo pelo qual sou contra é a intervenção na forma educacional de cada família. Muitos filhos não respeitarão os pais e às normas, afinal, a conseqüência será apenas uma “conversinha’’ ou, no máximo, uma bronca indolor.

É preciso analisarmos de forma cuidadosa essas consequências. Penso que é dever da escola, além dos pais, formar cidadãos, já que as crianças passam mais tempo nela do que em casa.Contudo, se o Estado não investe em suas escolas, deixando a responsabilidade de formação moral inteiramente para os pais, não deveria intervir na forma destes realizarem essa árdua tarefa.

Raquel Cristina Farias de Medeiros
(CALL, 1º e 2º séries, sala 9, quinta-feira)

domingo, 29 de agosto de 2010

ESSÊNCIA DE UMA DEMOCRACIA




A obrigatoriedade do voto é uma medida justa e necessária nos dias atuais. Não só porque é essencial para se constituir uma democracia, mas também porque é a partir dela que todos os brasileiros têm igual representação no governo. Além de haver alternativas para quem não deseja votar em candidato algum.

A palavra “democracia” vem de demos (povo) e kratos (governo). É aquela em que as decisões são tomadas pelo povo, pela maioria. O voto obrigatório é um dos fatores essenciais para que haja uma verdadeira democracia. Ele permite que toda a população, independentemente de sexo, etnia, classe social e outros, tenha sua participação no governo.

Sem o voto obrigatório, apenas parte da população elegeria seus representantes, sendo essa uma ação injusta. As demais parcelas da população ficariam sem representação, excluídas do governo. Aconteceria aqui algo semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos da América, onde o voto é facultativo: eleitores de baixa escolaridade, por exemplo, sentir-se-iam marginalizados e sem força para eleger um representante.

Ninguém é obrigado a votar no candidato “X” ou “Y”, mas apenas a comparecer no dia das eleições. O eleitor pode votar em um candidato ou não, votar em branco ou anular o voto. Mas ele deve inserir-se, responsavelmente, no sentido mais genuíno da democracia, que é o da participação de todos os cidadãos.

O voto é o melhor instrumento de mudança social que um país livre e democrático pode possuir. É uma conquista da sociedade como um todo. Votar é a maior arma que temos, capaz de mudar um país, como o nosso Brasil.

Matheus Castro
(CALL, 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

domingo, 22 de agosto de 2010

AMOR À PÁTRIA

Corrupção, roubo, desigualdade social e preconceito. Estes são apenas alguns dos problemas sociais que os brasileiros enfrentam. Diante de tudo isso, podemos culpá-los por nem sempre demonstrarem amor à pátria?

Somos brasileiros e temos orgulho disso. Mas nem sempre demonstramos devido às situações vergonhosas pelas quais passamos. Constantemente nos deparamos com manchetes estampadas em jornais e revistas, que trazem um novo sistema de corrupção descoberto, assaltos e assassinatos. O próprio Brasil, devido a esses problemas, não nos permite sermos patriotas.

Por outro lado, não olhamos apenas para a parte ruim do Brasil. Nosso país tem muitas riquezas naturais, o melhor futebol do mundo e um carnaval mundialmente famoso. São em situações como estas que enchemos o peito e dizemos: “Eu sou brasileiro!”

Ser brasileiro não significa fechar os olhos para os problemas do país e fingir que ele é perfeito. Pelo contrário, temos que denunciar os problemas, ter voz para poder mudar nossa situação e melhorar nossa qualidade de vida. Precisamos ter do que nos orgulhar.

Diante de tudo o que foi apresentado, fica fácil o entendimento de que o brasileiro se orgulha de seu país sim, mas só quando há motivo. Para que amemos o Brasil o tempo inteiro precisamos mudar nossa situação. Diminuir as desigualdades sociais e implementar uma punição mais rígida para corrupção e outros crimes, ou seja, precisamos fazer o Brasil progredir.

Ana Cecília Almeida Maciel

(CALL 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

domingo, 15 de agosto de 2010

TECNOVÍRUS


Um dos maiores males de nossa época é a incomunicabilidade das pessoas. Já foi o tempo em que, mesmo nas grandes cidades, nos bairros residenciais, ao cair da tarde era costume os vizinhos se darem boa noite, levarem as cadeiras para as calçadas e ficarem falando da vida… dos outros.

A densidade demográfica, os apartamentos, a violência urbana, o rádio, tv e incontáveis tecnologias, ilharam cada indivíduo no “casulo” doméstico. Um exemplo claro dessa afirmação são os condôminos, tirante os raros e inevitáveis cumprimentos de praxe no elevador ou na garagem, praticamente nem se conhecem. E não são exceção. Neste caso, constituem a regra.

Daí que não entendo a pressão que volta e meia me fazem para navegar na internet. Um dos argumentos que me dão é que posso interagir com pessoas de outros lugares do mundo, entender suas culturas. Para mim, estão todos infectados com esse tal de tecnovírus, pois passam horas na frente dos computadores e deixam de lado o contato pessoal com os seres humanos.

Para vencer a incomunicabilidade, acredito que o internauta deva primeiro aprender a se comunicar com o vizinho de porta, de prédio, de rua. Passamos uns pelos outros com o desdém de nosso silêncio, de nossa cara amarrada. Os suicídios ocorrem porque, na hora do desespero, falta aquele vizinho que lhe deseje sinceramente uma boa noite.

Renata Karen

(CALL, terça-feira, sala 9)

O VALOR DA EXPERIÊNCIA


É inaceitável que hoje existam tantos casos de maus-tratos a idosos. Afinal, as pessoas da terceira idade merecem respeito, acima de tudo por serem cidadãos. Além disso, a sabedoria que essas pessoas podem nos transmitir através de ensinamentos é enorme.

No que diz respeito à cidadania, os idosos são como nós. E não é uma doença proveniente da idade mais avançada ou qualquer impossibilidade física que tira deles todos os seus direitos. Direitos como o de integridade física, que é muitas vezes desrespeitado, como em vários casos mostrados em telejornais, em que enfermeiros ou mesmo familiares batem e maltratam pessoas de idade, já que esses não conseguem mais se defender. Isso é um absurdo.

Essa desvalorização dos idosos às vezes por parte dos próprios filhos se torna ainda mais inadmissível quando paramos e pensamos no quanto essas pessoas podem nos ensinar. Conhecimentos adquiridos durante toda uma vida, e que na forma de histórias, conselhos e de muitas outras formas, podem acrescentar muito em nossa vida.

Além disso, em muitos programas de promoção da saúde e de conscientização, vemos diversos casos de pessoas que mesmo com o avanço da idade, trabalham e em alguns casos até praticam esportes radicais, provas de que velhice não é sinônimo de invalidez.

Em resumo, com tudo que foi aqui apresentado, é cada vez mais revoltante saber que muitos idosos ainda são maltratados. Se todas as pessoas, principalmente os filhos que praticam atos de tanta maldade com os pais, já idosos, decidissem ao menos retribuir o que essas pessoas já fizeram por elas, com certeza os idosos teriam uma melhor qualidade de vida. Qualidade que eles merecem.

Rodrigo Molina

(CALL, terça-feira, sala 9)

domingo, 1 de agosto de 2010

JUNTO COM O PODER VEM A RESPONSABILIDADE

Desde a pré-história até os dias atuais, muitas foram as modificações sofridas no estilo de vida da população. Algumas foram decorrentes da ambição do homem em sempre querer ultrapassar a fronteira do que se considera impossível. É devido a essa determinação que nós, hoje, podemos usufruir de todos os aparatos tecnológicos que, de certa forma, tornaram-se “essenciais” às nossas vidas.

Televisão, internet e revistas, frutos da engenhosidade humana, são exemplos de meios de comunicação que a cada dia estão mais presentes na vida de quase toda população. Podemos comprovar isso ao analisarmos pesquisas que indicam que há casas sem água potável, porém com aparelho de televisão. Tamanho é o poder desses instrumentos na formação da ideologia da sociedade, que se espera que haja responsabilidade ao “manipulá-los”. Contudo não é isso que observamos, na maioria dos casos.

O século XXI é um período caracterizado, em sua grande parte, pelo compartilhamento de informações. Nesse contexto, a imprensa deveria entrar como a mediadora dessas ligações sem deixar transparecer nenhum ponto de vista a respeito de um assunto. Só assim os receptores das mensagens seriam capazes de formular suas próprias ideologias e com isso os meios de comunicação estariam exercendo seus papéis perante os cidadãos. Porém em uma sociedade democrática como a nossa, na qual as leis garantem a livre expressão da mídia, as grandes empresas se vinculam à imprensa para por meio dela transmitir o seu parecer em relação a um tema, para que com isso os seus interesses, sejam eles econômicos, políticos ou sociais, possam ser alcançados. Pode-se destacar como exemplo dessa parcialidade a revista Veja, que, na maioria das vezes, assume uma posição de direita, moldando os fatos de acordo com essa perspectiva.

A cada momento deste final de milênio, estamos sendo bombardeados por uma série de informações jornalísticas que nos levam a repensar qual seria, de fato, o papel da imprensa moderna e, até que ponto, ela conserva seu princípio ético. Para avaliarmos a sua real função diante da sociedade, é necessário que haja a formação de uma opinião crítica sobre isso. Só assim poderemos formar um país mais consciente.

Ingrid Medeiros de Figueiredo

(CALL, 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A MORTE DE UM INOCENTE NÃO É A MELHOR SOLUÇÃO


Aborto ou interrupção da gravidez é a expulsão prematura de um embrião do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isso pode ocorrer de forma espontânea ou artificial. A última ocorre pela ingestão de remédios ou por métodos mecânicos que podem acarretar, em grande parte dos casos, sérios problemas à mãe do feto. Se o aborto causa tantos problemas à vida humana, por que é tão grande o número de mulheres que abortam no mundo?

Numa época em que a televisão e as informações estão ao alcance de todos, mesmo nos lugares mais periféricos, não é de se admitir que não conheçam meios eficazes de evitar uma gravidez indesejada. A maioria das pessoas, tanto mulheres (geralmente muito jovens), como homens, deixam as coisas acontecerem por pura acomodação. Nossa constituição garante o direito à vida e aborto, no caso, seria inconstitucional.

A expulsão do feto pode ocasionar sérios problemas como: infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade (improdutividade de filhos); perigo de lesão no intestino ou na bexiga; interrupção para estancar a hemorragia, etc.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o campeão mundial de abortos clandestinos, pois são contabilizados cerca de 1,4 milhões por ano, mais do que todos os outros países da América do Sul reunidos. Dados do Fundo das Nações Unidas para a População (FUNNUP) mostram que em virtude de complicações desses abortos morrem por ano nos países da América Latina (inclusive no Brasil) seis mil mulheres, consistindo na terceira causa de morte materna, depois das hemorragias e da hipertensão.

Diante do exposto, percebemos que o aborto é um ato imprudente das mulheres, que não pode ser legalizado pela Constituição Brasileira. O governo deveria, por outro lado, investir mais em campanhas sobre a prevenção da gravidez e distribuir gratuitamente à população os métodos preventivos como a camisinha.

Luana

(CALL 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

VENCENDO O SEDENTARISMO


/////Atualmente, a prática de atividades físicas é essencial para se tornar, cada vez mais, uma pessoa saudável. Mas, mesmo assim, o percentual de sedentários aumenta a cada dia. Esse problema, que vem atingindo milhares de pessoas, precisa ser enfrentado.
/////Pessoas com poucas atividades físicas e que perdem poucas calorias durante a semana são considerados sedentárias. O sedentarismo é muitas vezes chamado de “doença do século” por causa dos vários malefícios que causa à saúde. Ele é um problema de saúde pública grave e o seu combate pode diminuir nacionalmente a incidência de doenças e mortes prematuras. É a principal causa do aumento da ocorrência de várias doenças, pois pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, provocar um processo de regressão funcional, perda de flexibilidade articular. Por isso, deve ser combatido. Muitos sedentários, quando iniciam a prática de atividades, sentem dores, demoram a se adaptar. Isso gera a sua desistência nessa fase, pois eles passam o dobro de tempo que um inativo (que pratica algum esporte e está parado) nessa adaptação.
/////Para combater isso, é preciso encarar a prática habitual de exercícios como um objetivo a ser conquistado. É preciso haver determinação, ultrapassar os limites, além da conscientização de cada um da importância da prática de uma atividade física. O importante mesmo é praticar o exercício que seja interessante, agradável, mas que, ao mesmo tempo, seja saudável e motivador.

/////Mariane Oliveira
/////(CALL, 1º e 2º anos, sala 9)

terça-feira, 20 de julho de 2010

PATRIOTISMO DENTRO E FORA DE CAMPO


Estamos em época de Copa. Período em que todo o país une-se com um mesmo sentimento patriótico. A paixão brasileira pelo futebol e o favoritismo em campo despertam o orgulho de sermos brasileiros. Pena que nosso patriotismo seja momentâneo. Ao término da Copa, as bandeiras e camisas verde-e-amarelas serão guardadas e músicas como: “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor” serão esquecidas e relembradas somente daqui a quatro anos.

Enquanto aguardamos a chegada de outra Copa, somos bombardeados diariamente pela mídia, que nos mostra apenas os problemas e as deficiências do nosso país. A falta de educação e saúde públicas de qualidade são exemplos típicos das manchetes publicadas em todo o Brasil. Todas essas complicações minimizam gradativamente nosso “orgulho de sermos brasileiros”.

Deparamo-nos com todos esses problemas e quando recebemos uma boa notícia não colocamos uma camisa verde-e-amarela e comemoramos, e sim dizemos: “Pelo menos não está tão mal!” Por que não festejamos quando um hospital público recebe investimentos assim como fazemos com um gol durante a Copa?

“Somos, de fato, brasileiros ‘como muito orgulho, com muito amor’?” Sim, porém apenas durante uma Copa. Por mais que o nosso país tenha problemas, também possui qualidades, e muitas. Como brasileiros, devemos ter orgulho da nossa nação e torcermos não apenas pelo futebol, mas por tudo que temos, todos os dias. Devemos exercer nosso patriotismo dentro e fora de campo.

Raquel Cristina Farias de Medeiros
(CALL 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

VIOLÊNCIA EM NOME DA EDUCAÇÃO?


O aprendizado da moral se dá a partir de exemplos. Isso é um fato. E, com base nessa afirmação, devemos propor a seguinte questão: Crianças que recebem castigos físicos não estariam aprendendo a conseguir o que querem por meio da violência, ao invés de aprenderem a se comportar melhor? O castigo físico não deve ser apenas desestimulado, e sim proibido de uma vez por todas para que a dignidade e a saúde dos nossos jovens possam ser preservadas.

Os pais podem não perceber, mas aquela “palmadinha” tão comum na punição de mau comportamento pode trazer várias consequências para a criança, como traumas que ela leva para o resto da vida ou ainda uma noção errônea sobre as relações de poder entre as pessoas: Ela entende que o mais forte sempre vai ter poder sobre o mais fraco, e isso o leva a ser um adulto agressivo, que acha que a forma certa de se relacionar com as pessoas é fazendo-as temê-lo ao invés de amá-lo.

Mas o castigo físico não é apenas prejudicial nesse ponto. Ele também prejudica a relação entre pais e filhos, que passa a ser baseada no medo, e não no carinho de que as crianças tanto precisam. Isso resulta numa pouca afetividade da criança em relação ao ambiente familiar, fazendo-a evitá-lo a todo custo e preferir passar seu tempo longe dalí. Além de todas as consequências que a punição física traz para a criança e sua família, ainda existe o fato de que esse é um ato totalmente antiético. Se um adulto não pode bater em outro adulto, então por que haveria de poder bater em uma criança? As leis do nosso país garantem, na teoria, que o desenvolvimento dos nossos jovens se dê longe de qualquer tipo de violência. Está na hora de darmos ao estatuto da criança e do adolescente a sua devida importância.

Mas apenas proibir o castigo corporal não vai resolver o problema. É preciso dar aos pais uma reeducação para que seus filhos possam ser corretamente educados. Isso pode ser feito a partir de campanhas de grande escala, que utilizem a mídia para conscientizar a todos.

Crianças educadas na base da violência se tornam, inevitavelmente, adultos agressivos que aplicam em seus filhos toda a brutalidade que aprendem com os pais. Chegou a hora de colocar um basta nesse ciclo vicioso no qual nossas famílias se aprisionaram.

Alessandra Macêdo de Oliveira

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

terça-feira, 22 de junho de 2010

UM MILAGRE NO BRASIL: A JUSTIÇA FOI FEITA

Fazendo a minha caminhada diária pelas ruas de São Paulo, passei em frente ao Fórum de Santana, como todos os dias eu faço. Porém algo diferente ocorria por lá. Havia jornalistas, velho, menino, cachorro... Toda São Paulo estava lá. Sem entender o que estava acontecendo, indaguei a uma senhora o porquê de tudo aquilo e ela me respondeu com um tom de indignação: “Eu não acredito que a senhora não saiba que hoje é o dia do julgamento da menina Isabela e que esse está ocorrendo aqui!”

Pois é, desligada como sempre, esqueci do caso do ano. O da jovem Isabela, que aos 5 anos foi defenestrada do edifício onde seu pai morava. Esse que, junto à madastra da jovem, eram os principais suspeitos.

Também, com todas as evidências apresentadas pela perícia, era difícil acreditar em uma terceira pessoa. Porém o que mais me aterrorizou nesse caso foi a questão de o assassino ser o próprio pai! Como ele pode fazer isso com a sua única filha? Essa era a pergunta de muitos presentes naquela rua, não só nela, mas de todo o Brasil.

Curiosa para saber do desfecho daquele caso e com medo de levar outra resposta indignada, montei acampamento no Fórum. Não só eu, mas umas 5.947.891... pessoas.

Como qualquer bom brasileiro, levei a minha “mini” televisão. Lá acompanhava tudo, até a frieza que aquele “pai” tinha em seus depoimentos. Ele parecia ter desculpa para tudo e quando não tinha utilizava a frase da moda: “Não me recordo”. Uma expressão muito comum na política atual e que está me levando a crer que o país está tendo uma crise de amnésia. Por incrível que pareça, só ocorre no momento que a pessoa está sendo investigada ou julgada.

Após dias acampada, o julgamento chega ao fim. Fogos são lançados e a alegria de justiça feita, milagrosamente rápida comparada a outros casos, atinge a todos, menos ao advogado dos Nardoni. Esse que acabara de anunciar em público que irá recorrer à decisão. Só não sei com qual desculpa, pois com as evidências periciais, só admitindo que o pai é o culpado.

Beatriz da Silva M. Cavalcanti

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

DE ONDE VEM A POBREZA?

No mundo no qual vivemos, movido pelos ideais capitalistas, existe muita desigualdade social. Na lógica do capitalismo, o lucro de um é obtido em cima da exploração do outro. Enquanto uns morrem de fome, outros se deliciam em grandes banquetes. Não é raro encontrar pessoas que moram nas ruas, que não têm o que vestir ou o que comer.

O Brasil não é um país pobre, no entanto é um país desigual. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), são 56, 9 milhões de pobres no Brasil, sendo 24, 7 milhões na extrema pobreza. A pobreza existe quando uma parcela da população não consegue gerar renda suficiente para ter acesso aos recursos básicos, tais como água, saúde, educação, moradia, renda e cidadania. Além da má distribuição de renda, outro fator de desigualdade é a educação (uma vez que sem ela os indivíduos ficam vulneráveis no mercado de trabalho, que necessita de profissionais cada vez mais qualificados). A desigualdade agravada pelo frágil sistema educacional é ampliada pelo mercado de trabalho altamente tecnológico.

Acabar com a pobreza em um país "rico" com grande número de pobres requer poucos recursos. Baseando-se nas informações do IPEA, para erradicar a pobreza seriam necessários 5% da renda do país redistribuídos à população carente. Já para erradicar a extrema pobreza brasileira é preciso redistribuir pouco menos de 1% da renda do Brasil. Investir na educação básica é um outro passo a ser dado na tentativa de acabar com a pobreza, tornando os indivíduos aptos a competir no mercado de trabalho.

Milena Ferreira

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

terça-feira, 8 de junho de 2010

O HOMEM AINDA NÃO VIROU DEUS

Nesta quinta-feira, 20 de maio de 2010, a imprensa divulgou um fato inédito: foi produzido o primeiro ser vivo em um laboratório. J. Craig Venter, em seu instituto, deu origem a Cinthia, uma célula controlada por genoma sintético. "O homem criou a vida", segundo a revista britânica The Economist. Mas até que ponto essa afirmação é verdadeira? Os cientistas realmente conseguiram produzir uma vida? Precisamos entender, com clareza, o que foi criado para não sermos enganados.

O genoma é composto por sequências de DNA. Cada DNA é formado por moléculas. São elas T (timina), A (adenina), C (citosina) e G (guanina). Essas moléculas, quando se combinam, determinam as características do organismo. Para "produzir o primeiro ser vivo", os cientistas isolaram o DNA da bactéria Micoplasma. Logo após, estudando minuciosamente cada informação contida, guardaram os dados em um computador. Então retiraram algumas sequências do DNA estudado e mudaram sua ordem. Foi praticamente isso que os cientistas fizeram. Mudaram a ordem de um DNA e criaram sua própria sequência. Depois, pegaram outra bactéria Micoplasma e, tirando seu genoma, esvaziaram a célula. Sobrou, dessa forma, apenas uma "carcaça" onde o DNA criado pelos cientistas foi introduzido. A célula esvaziada, portanto, começou a ser controlaa pelo genoma modificado em um laboratório.

É divulgado em jornais e revistas que se trata de uma célula totalmente artificial. Estamos sendo iludidos pela mídia. Apenas o genoma dessa célula é artificial. As outras partes são compostas por elementos já existentes na natureza. Uma nova sequência de DNA não é algo vivo, não pode ser considerado uma vida.

Não acredite tão facilmente no que está sendo publicado. As informações precisam ser esclarecidas.

Priscyla Cristini Gomes Paiva

(CALL 1º e 2º anos, quinta-feira, sala 9)


segunda-feira, 31 de maio de 2010

O MUNDO COM SEDE

Por mais sérios que sejam as crises financeiras, de alimentos ou de energia, nenhuma é tão ameaçadora em relação ao futuro da humanidade quanto à perspectativa de escassez de água. Não dá para incentivar a "fabricação" de água por meio de pacotes econômicos e com ajustes nas taxas de juro. Tampouco é possível substituir a água por uma substância alternativa, como se faz com o petróleo, que pode ser trocado por outras fontes de energia. Não existe nenhuma "bioágua".

Quanto mais rica é uma nação, maior o consumo de água por habitante. Os países que não detêm fontes suficientes para a agricultura, importam água virtual (contida na produção de alimentos) de outras nações.

A água é um direito humano, e todos devem ter acesso a ela em quantidade suficiente para garantir a saúde, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social. Mas, diante da escassez, a água cresce de valor econômico. E a oferta desse recurso natural - renovável, porém não inesgotável - corre risco de entrar numa crise profunda, pressionada cada vez mais pelo crescimento demográfico, pelas mudanças climáticas, pela contaminação das fontes e pelo desperdício.

Temos que nos conscientizar e não utilizar a água de uma forma exagerada, senão um dia não vamos mais tê-la. Se começarmos a racionalizar agora, não chegará o dia em que o homem terá que beber suas próprias lágrimas para saciar sua sede.

Renata Karen G. da Fonsêca

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 9)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

QUEBRA-CABEÇA DE RAÇAS

Brasil. Nação que surgiu com a chegada dos portugueses, mas cujas origens recordam seus habitantes originais, os índios, e cujos costumes e tradições são um grande quebra-cabeça, formado por peças africanas, européias, e até mesmo orientais. Sendo um país de tamanha miscigenação, será possível que exista preconceito no Brasil?

Casos como o do índio pataxó Galdino dos Santos, que teve 95% do corpo queimado por estudantes de classe média, respondem a essa pergunta. Na verdade, a diversidade de povos só acirra essa batalha de raças, que estereotipa as pessoas em conceitos como "negro ladrão", "índio preguiçoso" e "branco mauricinho".

O surgimento desse racismo, no sentido mais puro da palavra, remonta a história do nosso Brasil, que mesmo em pleno século XXI, ainda traz resquícios da colônia que foi um dia. Mas ao contrário de países como a Índia, em que os grupos são isolados por castas, aqui vivemos e crescemos juntos.

E essa é a grande diferença. Aqui, independente de nossa cor, todos temos um pouco de tudo dentro de nós, pois no fundo somos um povo só: o brasileiro. E a luta contra o racismo significa, mais do que tudo, a afirmação da nossa nacionalidade.

Graziela Severiano da Costa

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 8)


terça-feira, 18 de maio de 2010

O EXERCÍCIO DEMOCRÁTICO DE OPTAR

2010 é ano de eleição. Nos próximos meses, teremos alguns minutos roubados da programação televisiva para que os candidatos apresentem suas propostas e tentem, em determinados minutos, convencer os eleitores a digitarem seus números nas urnas. Sob o pretexto de fazer o melhor pela população brasileira, milhares de pessoas se candidatam a cargos como deputados, governadores, senadores e até presidentes, e cabe a nós escolher, com seriedade, aqueles que serão nossos representantes políticos e burocráticos pelos próximos quatro anos.

Sabemos, entretanto, que muitas vezes o discurso ensaiado e decorado pelos políticos para cativar os brasileiros não é posto em prática quando eles assumem seus cargos, prejudicando o modo de vida da população e fazendo com que percamos nossas esperanças nas palavras proferidas nas propagandas eleitorais. Não se leva mais a sério o que dizem aquelas pessoas que, apenas na teoria, mostram-se corretos.

É contraditório o discurso de que a democracia se exerce com o voto, quando vemos na televisão pessoas que usam das mais absurdas formas para conquistar a confiança dos eleitores. Danças, capas de super-homem e jingles inacreditavelmente chulos fazem parte das propagandas políticas e isso faz com que muitas pessoas votem por brincadeira, e unicamente porque não é algo facultativo.

É preciso que aqueles que se encaminhem às urnas tenham consciência de que o voto reflete diretamente no futuro do país. Os políticos não podem falar em democracia se, na verdade, um circo foi armado no horário eleitoral e as pessoas são induzidas a votar naqueles que são engraçados e apelam ao ridículo para se eleger. Em países como os Estados Unidos, os cidadãos não encaram como brincadeira as eleições, e por isso só votam aqueles que têm vontade de ver o país prosperar. O resultado, se não sai perfeito, sai bem melhor que o nosso.

Ditados populares costumam ser verdadeiros. "Qualidade é melhor que quantidade" não foge à regra. Se as pessoas votarem por opção, vão escolher pessoas sérias e unicamente porque acreditam na melhoria do Brasil, ao contrário daqueles que são eleitos por terem uma musiquinha marcante ou gastarem mais do que ganham (ora, de onde sai o dinheiro?) nas suas propagandas veiculadas.

Ana Clara de Araújo Maia.
(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)

A DIGNIDADE DO HOMEM E O TRABALHO

Durante a revolução industrial, o homem trabalhou em condições desumanas. Numa média de 18 horas por dia, sem ao menos sentar ou descansar. Todo o esforço era feito por esses homens para que pudessem sustentar suas famílias e a si próprios, poder viver. Porém eu indago: que vida? Se eles não tinham tempo para o lazer, descanso, família e realizações pessoais, não tinham tempo para viver. O mesmo acontece com muitos trabalhadores da sociedade atual. As pessoas trabalham para viver e vivem para trabalhar.

Afirmar que é o trabalho que dignifica o ser humano é mera ilusão. O homem não é digno apenas porque trabalha, ele é digno, principalmente, pelos valores que tem. Valores esses que são adquiridos através da família, meio em que vive, escolhas pessoais, momentos felizes. Não a partir da dor e humilhação provenientes de um esforço exagerado no trabalho que geralmente chacina o trabalhador.

O trabalho é um meio utilizado pela sociedade para qualificar o indivíduo: apenas aqueles que trabalham são providos de valores e respeito. Essa é uma ideia tão clichê e tão aceita pela população, que as pessoas que não se encontram em atividade, não se sentem parte dessa sociedade.

O trabalho, apesar de tudo, é o único meio justo que temos de conseguir aquelas valiosas notas de papel chamadas dinheiro, que, infelizmente, são essenciais para a estrutura da vida da pessoa. Sem dinheiro não temos como comprar alimento, vestuário e moradia, ou ter acesso a um atendimento médico necessário e de qualidade. Porém o trabalho não se torna justo quando é excessivo e não sobra tempo para o trabalhador ter uma vida privativa saudável, desfrutar de momentos de lazer com a família, poder educar seus filhos, apreciar a natureza e a vida, se conhecer. Trabalhar excessivamente não faz crescer. Muitas vezes essa ação diminui e massacra o ser humano.

As pessoas são escravas do trabalho. Elas vivem em um não querer e necessitar constante, de situações que vêm sendo impostas ao indivíduo por vários séculos. Esses indivíduos não trabalham simplesmente porque gostam, trabalham porque é preciso. E junto com o trabalho caminham a exploração e a falta de tempo para viver e ser feliz. Essa exploração não é suficiente para algumas pessoas questionarem seu direito de viver com dignidade sem humilhação e opressão. Não as culpo. Tudo isso é fruto de um mercado de trabalho exigente e competitivo, e de uma sociedade que cobra do indivíduo a sua presença nesse mercado.

Ana Clara da Silva Maia

(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)