2010 é ano de eleição. Nos próximos meses, teremos alguns minutos roubados da programação televisiva para que os candidatos apresentem suas propostas e tentem, em determinados minutos, convencer os eleitores a digitarem seus números nas urnas. Sob o pretexto de fazer o melhor pela população brasileira, milhares de pessoas se candidatam a cargos como deputados, governadores, senadores e até presidentes, e cabe a nós escolher, com seriedade, aqueles que serão nossos representantes políticos e burocráticos pelos próximos quatro anos.
Sabemos, entretanto, que muitas vezes o discurso ensaiado e decorado pelos políticos para cativar os brasileiros não é posto em prática quando eles assumem seus cargos, prejudicando o modo de vida da população e fazendo com que percamos nossas esperanças nas palavras proferidas nas propagandas eleitorais. Não se leva mais a sério o que dizem aquelas pessoas que, apenas na teoria, mostram-se corretos.
É contraditório o discurso de que a democracia se exerce com o voto, quando vemos na televisão pessoas que usam das mais absurdas formas para conquistar a confiança dos eleitores. Danças, capas de super-homem e jingles inacreditavelmente chulos fazem parte das propagandas políticas e isso faz com que muitas pessoas votem por brincadeira, e unicamente porque não é algo facultativo.
É preciso que aqueles que se encaminhem às urnas tenham consciência de que o voto reflete diretamente no futuro do país. Os políticos não podem falar em democracia se, na verdade, um circo foi armado no horário eleitoral e as pessoas são induzidas a votar naqueles que são engraçados e apelam ao ridículo para se eleger. Em países como os Estados Unidos, os cidadãos não encaram como brincadeira as eleições, e por isso só votam aqueles que têm vontade de ver o país prosperar. O resultado, se não sai perfeito, sai bem melhor que o nosso.
Ditados populares costumam ser verdadeiros. "Qualidade é melhor que quantidade" não foge à regra. Se as pessoas votarem por opção, vão escolher pessoas sérias e unicamente porque acreditam na melhoria do Brasil, ao contrário daqueles que são eleitos por terem uma musiquinha marcante ou gastarem mais do que ganham (ora, de onde sai o dinheiro?) nas suas propagandas veiculadas.
Ana Clara de Araújo Maia.
(CALL 1º e 2º anos, terça-feira, sala 7)
Um comentário:
Ah Ana Clara, você escreve tão bem...Parabéns. É um ótimo texto.
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